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Apps para que te quero

Um blog sobre Apps, que dá a conhecer serviços que existem, o seu modo de funcionamento, as vantagens e melhorias que se podem fazer.

Apps para que te quero

Um blog sobre Apps, que dá a conhecer serviços que existem, o seu modo de funcionamento, as vantagens e melhorias que se podem fazer.

11
Jul16

À Conversa com #2:Tap My Back (2ª Parte)


Teresa Noronha

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 (Fotografia Andreia Trindade)

 

Continuação da conversa com o Guilherme Duarte da Tap my Back, que teve inicio aqui

Hoje deve de estar tudo motivado!

 

Para feedback, para além de ouvirem os clientes, usam analytics?

Sim temos muita preocupação em utilizar a componente analítica. Temos uma preocupação na medição constante e em tomar decisões sempre com base nos dados e não no instinto, que é sempre difícil, porque temos sempre uma ideia que devemos ir num determinado sentido. Embora surjam daí as ideias, se tivermos uma base analítica para tomarmos decisões é muito melhor. Focamo-nos muito nisso. Saber quais são as funcionalidades que as pessoas estão a usar, quantos taps dão por semana, se instalam a aplicação quantos dias demoram a usar, etc.

 

O vosso modo de funcionamento disponibiliza uma versão trial? Este modo funciona bem?

Sim funciona. Temos empresas que descarregam a aplicação, adicionam as equipas, utilizam a versão trial e no final compram a licença e nós nem tivemos nenhuma interação até à altura com o cliente e é na altura do pagamento que sabemos, “Olha recebemos um cliente novo.”

A Tap My Back diz que funciona em qualquer tipo de equipamento, desde o PC até qualquer um dos dispositivos móveis. Sendo esta uma das principais problemáticas na construção de Apps, como é que resolveram esta situação?

Inicialmente quando montamos o Tap My Back era uma web App para correr nos browsers, via internet. Nós não desenvolvemos produtos nativos, para iOS, Android, Microsoft, o que nós temos é o código base que é da web App e depois utilizamos um ambiente de desenvolvimento que faz a exportação do código web para as aplicações e garante que funciona em todos os dispositivos e plataformas.

Eu utilizo durante o dia de trabalho na web e em casa utilizo a versão mobile, acaba por ser para usar nas duas plataformas. Quando estamos a falar de empresas com 30 pessoas, que não estão sempre juntas, porque estão em cliente ou porque estão aqui ou ali, essa importância é maior, porque eu posso à distância reconhecer alguém, dar-lhe os parabéns perante toda a gente e se calhar metade da equipa está espalhada e não se vêm, só nas festas da empresa e assim podem ver quem é que está a fazer um bom trabalho. Então às vezes o critério não é tanto a dimensão da equipa, mas a forma como eles operam.

 

Metodologia, vocês utilizam?

Scrum adaptado à nossa flexibilidade. Temos algumas rotinas definidas, com reuniões de 5 minutos de final do dia só para fazer o status, uma reunião mensal para programar o mês todo, uma reunião heack days em que temos um desafio específico que tem de ficar resolvido naquele dia, hands-on.

 

Novos produtos ou novas funcionalidades?

O Build Up Labs, constrói start ups, tem uma equipa core e nós vamos criando várias start-ups lá dentro. Por isso, neste momento a mesma equipa tem outros produtos e a metodologia é: temos a ideia, queremos fazer x ideias por ano. Queremos sempre pôr no mercado 4 ou 5 ideias por ano e fazer um MVP, produtos que já têm algum valor de mercado para ser testado, testar no mercado, ver se tem potencial de mercado, se tem aceitação, recolher feedback. Se não tiver aceitação, matamos a ideia e rápido, para não gastamos energia, se acharmos que tem possibilidade, tentamos fazer crescer e depois existem duas hipóteses ou se mantém no labs como produto autossustentável ou vamos à procura de investimento, fazemos um spin off, atribuímos um CEO e ele continua com essa start-up e nós continuamos como co-fundadores tecnológicos da empresa. É o modelo. Ideias para o futuro há muitas, estamos a testar 3 ou 4 neste momento para ver qual é o caminho. Vamos ter uma start-up nova a seguir ao Verão, são duas raparigas portuguesas que trabalham em Londres que se vão despedir para vir para cá, precisavam de um parceiro tecnológico e também temos esse modelo. Se uma pessoa tiver uma boa ideia e acima da boa ideia tiver um perfil de CEO e precise da nossa parceria tecnológica, nós confiamos. Esta nova empresa vai fazer parte da Build up Labs. Nós vamos ser Co-fundadores tecnológicos e elas vão ser as CEOs, vão à procura de investimento e de fazer crescer o produto.

 

E todas as empresas são na mesma área?

No Build up Labs o princípio é que sejam soluções: Social by design, e com a camada de valor acrescentado de inteligência artificial. Quando nós pensamos em novas ideias, pensamos sempre, se podem encaixar nesse modelo. Por exemplo o Tap My Back tem a componente social de atribuição dos prémios entre a equipa e a componente de inteligência artificial que estamos agora a tentar adicionar. Fazer com que os team leaders possam receber relatórios e perceber o que se passa na equipa, indicar como é que eles devem agir de acordo com todas as interações que se criam dentro da equipa. Perceber que padrões de pontuação existem, tentar perceber as redes dentro das pequenas equipas que funcionam bem dentro da empresa umas com as outras, uma série de insights. Como sabemos o que está a acontecer com as outras empresas, tentar também detetar padrões e portanto queremos trazer essa camada mais inteligente para a nossa aplicação. Mas o foco pode ser negócio de empresa, como é o Tap My Back ou cliente final, como esta que vem aí que é direcionada diretamente para o consumidor. São ideias novas que vão surgindo, nós reunimos, vamos fazendo um ranking das ideias. Ás vezes apresentamos ao resto da empresa aqui da comOn para eles perceberem a ideia, uma espécie de shark tank em que eles são os tanks e vão votando só para sabermos o que é que acham com um pequeno pitch. Mas é difícil saber quais são as ideias que vão funcionar. Ideias não faltam.

 

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 (Fotografia Andreia Tr

 

Quais são as vossas Apps de referência?

A App que usamos todos os dias é o slack, que fez com que nos livrássemos um bocadinho do Skype e do e-mail. O Trello para gestão de projeto, principalmente agora o Trello conjugado e integrado com slack. O Facebook para descansar do trabalho, que também é preciso.

Este é mais um exemplo de uma App de sucesso Made in Portugal espalhada pelo mundo.

 

Muito sucesso e que tudo vos corra bem! Tap My Back, uma grande ideia e uma excelente realização. Com tantas novas e boas ideias de certeza uma App com futuro.

 

07
Jul16

À Conversa com #2:Tap My Back (1ª Parte)


Teresa Noronha

Tapmyback_1.jpg (Fotografia Andreia Trindade)

 

Na semana passada fui conhecer a equipa da Tap My Back. Integrada na Agência de comunicação comOn especializada em meios digitais, a equipa trabalha num ambiente moderno, descontraído e cuidado. Existe de facto um cuidado especial nestes novos escritórios em Portugal.

 

O Guilherme Duarte, responsável pelo Tap My Back foi a pessoa que aceitou receber-me e que esteve à conversa comigo, depois de me apresentar aos membros da equipa. Tive ainda o prazer de conhecer o Rui Gouveia Co-Founder & Head of Innovation no Grupo comOn.

 

O Tap My Back é uma App motivacional de equipas, onde os membros são elogiados pelas suas prestações e pelos vários membros da equipa quando existem situações de destaque.

 

Guilherme, como é que tudo começou?

O Tap My Back foi criado aqui na comOn, ainda antes de ser criado o Build Up Labs, a venture builder do grupo comOn. Surgiu de uma necessidade interna da empresa porque dentro da agência notou-se que a equipa estava a ficar desmotivada, numa fase em que a empresa estava a crescer e havia muito trabalho. Na altura, os fundadores da comOn foram falar com as pessoas todas da equipa, perguntaram porque é que isso estava a acontecer. Pelo feedback geral percebeu-se que a questão não era tanto o esforço adicional que estava a ser pedido, as pessoas percebiam isso, percebiam que fazia parte das dores de crescimento, mas era a falta de feedback, de reconhecimento por esse trabalho que fazia diminuir o ânimo. Então na altura por brincadeira, mas para tentar resolver esta situação, criou-se esta aplicação dentro da equipa que servia para andarmos a atribuir medalhas uns aos outros e para nos reconhecermos mutuamente. Só que funcionou tão bem cá dentro, que passou a fazer parte da cultura da empresa e “dá-me um tap” passou a ser parte do jargão da comOn. Pensamos então que se calhar tínhamos criado algo que podia ser um produto e que poderia ser uma forma de ajudar outras equipas noutras empresas com o mesmo problema.

 

Inicialmente apresentou-se o Tap My Back aos clientes da comOn, para saber o que é que eles achavam, recolher o feedback, saber se queriam fazer uma experiência na empresa deles e correu bem. E foi aí que o Tap My Back se tornou o Tap My Back e fez uma espécie de spin off e se tornou um produto empresa, independente. A aplicação esteve sempre em inglês para atacar desde logo o mercado global e hoje em dia estamos um bocadinho em todo o mundo. Cá em Portugal temos alguns clientes, mas parece-nos que ainda não é o mercado mais maduro para este tipo de aplicações.

 

Os países com maior aceitação são: Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Canadá.

 

Futuro, mais funcionalidades ou mais produtos?

Temos sempre novas ideias, mas temos de ir com calma. Percebemos que o produto já funciona no mercado. Estamos a tentar perceber qual é o product market fit e vamos adicionando novas funcionalidades, com o feedback dos clientes e caso tenhamos 2 ou 3 clientes a pedir a mesma coisa, nós damos prioridade ao tema e avançamos nesse sentido.

 

Por exemplo quando nós estivemos no websummit nós tínhamos a ideia de integrar o Tap My Back com o slack, já tínhamos esta ideia, mas no web summit 90% das pessoas que iam conhecer o Tap My Back perguntavam: ”Tem integração com o Slack?” e então quando chegamos a primeira coisa que fizemos foi isso. Passada uma semana tínhamos a integração toda feita, na loja de aplicações do Slack e acabou por se verificar essa importância. Este movimento gerou atração para a aplicação, portanto é um pouco assim que nós vamos caminhando e desenhando o futuro da aplicação.

 

Como é que conseguem esse feedback? Vão junto dos clientes, conhecer os clientes? Como é que eles são?

Nós percebemos agora que o nosso cliente tipo são organizações cuja realidade gira em torno das 50-500 pessoas por equipa, anda por aí. No entanto, percebemos também que há várias formas de utilização do Tap My Back. Há empresas que colocam todos os colaboradores da empresa dentro da mesma equipa, e aí talvez sejam dos 50 aos 500 utilizadores o tamanho ideal, mas depois é possível ter várias equipas dentro de uma empresa.

 

Mas na realidade em que que existem equipas por departamento, ou equipas por projeto as empresas podem ter 1000 ou mais pessoas lá dentro, com dezenas de equipas.

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 (Fotografia Andreia Trindade)

 

Mas pensamos que o público alvo que melhor se adapta é o da geração high tech ou geração Millenium que está habituado a comunicar pelas redes sociais. Neste tipo de aplicações são tipicamente as equipas onde há mais aceitação e que dão mais feedback e acaba por ser muito o trabalho do team líder que instala a aplicação e que adiciona os membros da equipa.

 

Para dotar a aplicação com a informação válida, lemos muitos artigos e estudos da área motivacional que recomendamos sempre que nos colocam algumas questões mais relacionadas com temas de recursos humanos. Temos algumas parcerias com Consultoras de Recursos Humanos para a comercialização do produto, porque consideram o mesmo uma boa ferramenta de trabalho em equipa.

 

Esta conversa foi longa, por isso continua em breve.

28
Jun16

Experiência de Cliente na utilização de Apps


Teresa Noronha

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 (Fotografia Isabel Saldanha)

Quando iniciei este blog surgiram-me algumas questões sobre as Apps que iria recomendar:

Como considerar se uma App merece ser referenciada? Quais são os parâmetros que podem medir se uma App responde às necessidades das pessoas que a utiliza? O que faz com que uma App contribua positivamente para os objetivos de um produto ou serviço que já existe?

 

Durante este processo de “análise de Apps” tenho-me deparado com diferentes tipos de situações que fazem com que considere que determinada App não deva ser uma App de referência e que por essa razão não a apresente. Os pontos que utilizo para analisar a utilidade ou não de uma App são:

  1. Tem um potencial de funcionalidades elevado, porque responde exatamente ao propósito a que se propõe, mas visualmente é muito pouco apelativa;
  2. A usabilidade e imagem cumpre muito bem o que é esperado pelos clientes, mas em termos de funcionalidades precisa de alterações, precisa de rever as questões de usabilidade, para que funcione bem para os utilizadores;3. Serviços que gostaria de recomendar, porque me identifico com a marca, gosto dos produtos ou dos serviços, mas cuja App não funciona corretamente, apresenta erros na usabilidade, e obriga a passos que não se justificam;
  3. App espetacular, mas cujo serviço associado não funciona corretamente, disponibiliza informação que não é atualizada, serviços de entrega com atrasos nas entregas, ou ausência de possibilidade de devoluções.

 

Para mim são estes os 4 pontos essenciais na experiência de um cliente de Apps que podem levar um determinado utilizador a manter a aplicação e utilizar a mesma ou não: Funcionalidade, imagem, usabilidade e qualidade do produto ou serviço razão da existência da App.

 

Uma App muito bem desenhada e tecnicamente bem implementada, apenas terá sucesso se estiver associada a um produto ou serviço que está preparado para dar uma boa resposta aos clientes que utilizam este canal. Nem sempre é simples para uma empresa ter processos que suportem este novo canal , com uma nova dinâmica e uma nova exigência na resposta aos serviços.

 

É necessário ter os processos bem desenhados, preparados e garantir que uma nova encomenda, pedido de informação ou devolução tenha enquadramento. Que os circuitos que tenham de ser garantidos internamente estejam definidos e que os tempos de resposta sejam aceitáveis e cumpridos para os clientes. Considero então que é importante que só se iniciem os serviços via App quando a organização está preparada.

 

Quando se trata de Apps de funcionalidades, como de fotografia, música ou outros, é necessário saber como prestar este serviço com qualidade e profissionalismo porque as Apps são produtos com uma concorrência à escala mundial e hoje em dia não nos podemos queixar de falta de informação. Se nos achamos brilhantes e queremos fazer uma nova App basta-nos aceder e conseguiremos ver o que de melhor se faz no mundo na área de atuação em que se pretende apostar ou que é o foco da empresa.

 

Acredito que existe um tempo certo para apostar na componente mobile e que esse tempo deve ser próprio da estrutura de cada empresa. Claro que uma startup que inicia a sua empresa com a App desde o seu início foi pensada de forma mais ágil e dinâmica do que uma organização multinacional de produtos e serviços. Por isso e por muito que a concorrência mande no mercado global, estou convicta que a preparação é também neste caso a melhor aliada.

23
Jun16

Apps Portuguesas #2: Tap My Back


Teresa Noronha

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 (Imagem retirada da internet)

 

Uma App para trabalhar a motivação nas empresas, tendo como princípio o elogio entre os membros da equipa. Quer trabalhar a motivação nas equipas? Avaliem também esta hipótese.

 

A Tap my back é uma App portuguesa, que esteve representada em 2015 no evento web summit, criada pela comOn Labs. A ideia é que seja possível partilhar publicamente, entre os colegas de trabalho, o bom trabalho de determinado colaborador. Existe associado um sistema de pontos e de prémios atribuídos pelos membros da equipa.

 

Muitas vezes me questionei qual seria o formato certo para que sem haver uma remuneração associada, pudesse haver um correto agradecimento e louvor por um trabalho bem feito, pela ajuda prestada, pensamento criativo, conhecimento partilhado ou boas energias, dentro de uma equipa. Tanto quanto me parece esta pode ser uma boa solução. Um reconhecimento dentro do contexto dos membros de uma equipa.

 

Terei a sorte e o prazer de estar à conversa com a equipa da App Tap my back em breve e depois contarei tudo!

 

Abaixo o vídeo de apresentação da App, em inglês: